Histórias de Moradores de Manaus

Esta página em parceria com o Museu da Pessoa é dedicada a compartilhar o acervo de vídeos e histórias com depoimentos dos Moradores.


História da Moradora: Maria Auxiliadora Venâncio de Souza
Local: Manaus
Ano: --



 



Vídeo: Amor e superação



Sinopse:

Maria Auxiliadora Venâncio de Souza nasceu em Manaus, viveu com o pai e sua segunda família, após a separação de sua mãe. Trabalhou muitos anos em uma fábrica da Zona Franca de Manaus, até a falência da mesma. Superou um câncer e passou ajudar o marido, artesão em marchetaria e proprietários do empreendimento “F A – Arte em marchetaria”, participantes da rede de economia solitária.

História:

Eu me chamo Maria Auxiliadora Venâncio de Souza, eu nasci em Manaus, no dia 04 de outubro de 1961. Meu pai Antônio Villaça Venâncio de Souza e a mãe Antônia Lopes. Eles eram de Manaus. Meu pai, ele estudava, começou estudando aqui em Manaus, depois ele foi pra interior, trabalhar com verdura, e castanha, cacau.

Ele coletava, herdou justamente do meu avô. Na época que ele teve que vir pra Itacoatiara, foi na época que ele se aposentou e se separou da minha mãe. Eu fiquei com o meu pai e minha avó. Na época eu tinha uns 12 anos. Hoje eu sinto saudade da infância no Rio Madeira, tudo era farto, principalmente a parte da alimentação, peixe, frutas, até mesmo, assim, que naquela época não existia maldade, como hoje, tanta violência. Tinha praia, a gente brincava à vontade, então foi muito bom esse momento da minha vida, eu sinto saudade.

Por parte de pai eu tive bastante irmão, eu acho que uns 20 irmãos. Por parte de mãe eu tive duas irmãs.

Eu era a mais velha, e, assim, quando o meu pai se separou da minha mãe, que ele arranjou outra esposa, pra mim foi muito difícil porque eu não me dava muito bem com a minha madrasta. E hoje é totalmente, hoje ela se dá muito bem comigo, hoje tá fazendo um ano, praticamente, que eu perdi o meu pai. Hoje a minha madrasta me procura muito, entendeu, quando ela passa por problemas, ela liga pra mim e eu to pronta a ajudar ela. Mas naquela época era totalmente diferente, mas a gente superou isso.

A minha avó, ela se preocupava muito comigo, queria que eu estudasse, terminasse meus estudos, ela fazia aquele sacrifício, tanto que chegou uma época que ela teve que abandonar tudo lá pra me acompanhar aqui. Ela nunca me deixou só, ela me ensinou muita coisa boa, acima de tudo ter caráter. Toda vez que eu converso com os meus filhos, hoje com os meus netos, eu falo, porque eu aprendi com ela, entendeu, foi bons ensinamentos, isso eu devo muito a ela.

Quando eu vivia na escola, foram momentos bons, eu me desligava maisda situação que eu tava passando, de família.

A gente brincava muito na escola, era, brincava de corda, pular corda.

No momento de jovem eu me diverti bastante, quando eu era jovem eu gostava de dançar, de ir pras festas. Tive o meu primeiro relacionamento com 15 anos, quando eu conheci meu primeiro namorado. Era um rapaz muito bom, na época, só que também eu passei por um momento também com ele, porque a minha família não aceitava, entendeu, esse relacionamento. Era um companheiro mesmo, mas não deu certo, minha família não aceitava, eu tive meu primeiro relacionamento, ele foi o meu primeiro namorado, eu tive um filho com ele na época.mEu tinha 16 anos na época que eu tive o meu primeiro filho.mFiquei na casa da minha avó. Minha avó sempre me deu apoio, apesar de tudo que aconteceu, mas ela sempre tava do meu lado, nessa época que eu fiquei com ela, ela me ajudava, inclusive ele sempre queria assumir a criança, mas a minha família nunca deixava ele chegar nem perto, sempre, eles não aceitavam.

Conheci meu segundo marido Francisco Assis Gomes da Costa, foi na época que a gente resolveu mesmo ficar, e viemos embora aqui pra Manaus. Meu filho ficou com a minha avó. Tive mais duas, a Claudia e a Roberta, que é filha do Assis, meu segundo marido.

Depois que eu conheci o Assis eu tomei uma decisão, fui trabalhar, eu trabalhava no distrito, trabalhei 25 anos na Philco na época. Eu era líder de processo, produção, tomava conta de 200 pessoas, cem pessoas. Eu não saí porque eu era uma má funcionária, não, porque a empresa foi à falência (risos).

Nessa época que eu saí da Philco foi na época que eu tava lutando contra essa doença, mas nenhum momento, assim, eu não digo a empresa, mas sim as pessoas me deram todo apoio. Eu tinha na época 45 anos, eu perdi o útero.

A família do meu marido trabalha muito bem com violão e também tem outro irmão que trabalha com marchetaria. Ele começou com uma caixa, quando eu vi ele vinha com os blocos de madeira: “Olha, Dora, o que tu acha desse desenho?”. Hoje ele faz peças por encomenda, participamos do movimento da Economia Solidária, das formações e dos cursos. Antes de conhecer o Consulado da Mulher, eu não tinha hábito de anotar as vendas, pra mim eu, entrava e saía, não sabia em que eu gastava.

Meu sonho é progredir mais dentro do empreendimento junto com o eu marido.

 

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